sexta-feira, 20 de novembro de 2009

prefacioCiro

Final dos anos 1980. O Brasil experimentava a reabertura da democracia, mas também vivia os dissabores de um cenário econômico devastador. Estagnação, recessão e retração eram palavras comuns no noticiário. Se hoje trememos ao ouvir que a previsão para o ano é de uma inflação acumulada de 6%, é porque rejeitamos completamente voltar à realidade de pouco menos de 20 anos atrás, quando ela atingia absurdos 2.751%. Esse quadro perverso era percebido na mesa dos trabalhadores, nas relações de trabalho, no dia-a-dia das pessoas. Fortaleza, como qualquer outra grande metrópole brasileira, sofria as conseqüências daquele quadro econômico.

Quando chegamos à Prefeitura de Fortaleza, em 1989, tivemos um trabalho árduo. A cidade encontrava sua malha viária destruída, o lixo se acumulava pelas calçadas, os servidores municipais havia três meses não recebiam seus salários e o transporte público era um dos mais deficitários do País. Logo nos primeiros meses, iniciamos um trabalho intenso de recuperação do asfalto, ampliamos a coleta de lixo, dobramos a capacidade da frota de ônibus e regularizamos a tabela de vencimento dos funcionários.

A população cobrava respostas rápidas e a imprensa cumpriu papel fundamental no acompanhamento e fiscalização das ações da Prefeitura. Nesse cenário, destacamos o jornalismo da Rádio Universitária FM, cuja série de reportagens, realizada entre 1988 e 1992 pelos repórteres Lauriberto Braga e Aláercio Flor, é a inspiração para o primeiro livro, Rádio Premiada. Aqui o microfone está aberto para o prefeito, o morador de rua, a liderança comunitária, o presidente da associação. Sem intermediários. A leitura nos oferece a exata compreensão do papel do rádio na vigilância da administração pública e na prestação de serviços, sendo, portanto, uma mídia fundamental à democracia de qualquer país desenvolvido. Lauriberto fez uso desse instrumento com muita competência e com um profundo senso de cidadania, valorizando assim sua prática jornalística.

O livro é testemunho eloqüente: de uma quadra da história de Fortaleza e do talento de Lauriberto Braga e Aláercio Flor.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Final dos anos 80. O Brasil experimentava a reabertura da democracia, mas também vivia os dissabores de um cenário econômico devastador. Estagnação, recessão e retração eram palavras comuns no noticiário. Se hoje trememos ao ouvir que a previsão para o ano é de uma inflação acumulada de 6%, é porque rejeitamos completamente voltar à realidade de pouco menos de 20 anos atrás, quando ela atingia absurdos 2.751%. Esse quadro perverso era percebido na mesa dos trabalhadores, nas relações de trabalho, no dia-a-dia das pessoas. Fortaleza, como qualquer outra grande metrópole brasileira, sofria as conseqüências daquele quadro econômico.

 

Quando chegamos à Prefeitura de Fortaleza, em 1989, tivemos um trabalho árduo. A cidade encontrava sua malha viária destruída, o lixo se acumulava pelas calçadas, os servidores municipais havia três meses não recebiam seus salários e o transporte público era um dos mais deficitários do País. Logo nos primeiros meses, iniciamos um trabalho intenso de recuperação do asfalto, ampliamos a coleta de lixo, dobramos a capacidade da frota de ônibus e regularizamos a tabela de vencimento dos funcionários.

 

A população cobrava respostas rápidas e a imprensa cumpriu papel fundamental no acompanhamento e fiscalização das ações da Prefeitura. Nesse cenário, destacamos o jornalismo da Rádio Universitária FM, cuja série de reportagens, realizada entre 1988 e 1992 pelo repórter Lauriberto Braga, é a inspiração para seu primeiro livro, Rádio Premiada. Aqui o microfone está aberto para o prefeito, o morador de rua, a liderança comunitária, o presidente da associação. Sem intermediários. A leitura nos oferece a exata compreensão do papel do rádio na vigilância da administração pública e na prestação de serviços, sendo, portanto, uma mídia fundamental à democracia de qualquer país desenvolvido. Lauriberto fez uso desse instrumento com muita competência e com um profundo senso de cidadania, valorizando assim sua prática jornalística.

 

O livro é testemunho eloqüente: de uma quadra da história de Fortaleza e do talento de Lauriberto Braga.


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