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Cristina Kirchner pede interferência do papa Francisco na questão das Ilhas Malvinas
18/03/2013 - 16h43
Renata Giraldi
Enviada Especial da Agência Brasil/EBC
Enviada Especial da Agência Brasil/EBC
Vaticano – A presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, pediu hoje (18) ao papa Francisco que interceda na comunidade internacional para garantir a retomada das discussões sobre a soberania das Ilhas Malvinas (Falklands, para os britânicos). Os argentinos defendem o direito à soberania das Malvinas, sob domínio britânico desde o século 19. Cristina Kirchner e o papa Francisco almoçaram, na Casa de Santa Marta, onde o pontífice está morando temporariamente. Ambos trocaram presentes.
"Pedimos ao papa Francisco que interceda para que o diálogo entre o Reino Unido e a Argentina tenha mais espaço. É imperativo que todos os países começem a usar as múltiplas resoluções de que a ONU [Organização das Nações Unidas] dispõe”,disse Cristina.
Para a presidenta, a possibilidade de o papa, que nasceu na Argentina e foi arcebispo de Buenos Aires, interceder é única."Esta é uma oportunidade histórica e favorável para os governos democráticos na Argentina e no Reino Unido buscarem o diálogo.”
Desde o século 19, a Argentina e o Reino Unido disputam a soberania das Ilhas Malvinas. Atualmente, os britânicos detém o domínio. Mas os argentinos contam com o apoio do Brasil e de outros países sul-americanos para retomar as discussões sobre o tema.
Segundo Cristina Kirchner, a Argentina é um país que pacífico, sem ameças de natureza bélica. Ela se disse surpresa ao ouvir do papa Francisco a expressão “Pátria Grande”, também usada por José Martín e Símon Bolívar, defensores da união dos países latino-americanos. “Eu fiquei impressionada. Temos de redobrar nossos esforços [nesse sentido]”, ressaltou.
No encontro de hoje, a presidenta presenteou o papa com um pacote de erva-mate, açúcar e uma garrafa térmica – usados na preparação do chimarrão argentino, chamado simplesmente de "mate". Francisco retribuiu dando a Cristina um quadro com uma reprodução da Praça de São Pedro. A delegação argentina reúne 19 autoridades, uma das maiores para a missa de inauguração do pontificado de Francisco.
Edição: Nádia Franco
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