Homenagem17/05/2012 - 16h22
Centenário do professor Amorim
Um humanista de raras qualidades espirituais. Conhecedor profundo da língua e literatura latinas e da literatura em geral.
Centenário do professor Amorim
Everardo Sobreira
Advogado, radialista e professor da FEAC ( aposentado ).
Nascido na cidade do Crato, em 14 de maio de 1912, José Amorim Sobreira - "o Professor Amorim" foi antes de tudo um cearense típico: lutador obstinado. Uma espécie de "David caipira" que na capital do seu Estado ousou desafiar a "cultura" do apadrinhamento.
Sob as auras do nome Crato, que é derivado do grego "Kratos", que em português significa força, vigor, o Professor Amorim chega à Fortaleza e, aqui, se distinguiu pela vivacidade da inteligência, pela cultura, pela personalidade e pela fidelidade aos postulados éticos, que sempre preservou com proficiência e simplicidade.
Um cidadão: defensor intransigente da liberdade e da Justiça, como demonstrou com seu ardor cívico nos embates políticos no período da democratização, após a "ditadura Vargas", ou como Advogado militante no foro de Fortaleza, por exemplo.
Um jurista, na verdadeira acepção da palavra: ia da definição do "Jus", passando pelos princíos gerais do Direito, até às técnicas de interpretação da Lei.
Homem de estudo que enriqueceu a cultura cearense: Romanista; verbete do dicionário inglês "WHo is WHo"; fundador do Instituto de Cutura Clássica; sócio do Instituto Histórico do Ceará; membro da "Societé dés Études Lastines"(em Paris); orador; conferencista; escritor.
Um humanista de raras qualidades espirituais. Conhecedor profundo da língua e literatura latinas e da literatura em geral. Dono de uma respeitável biblioteca, com obras raras em grego e em latim(hoje depositadas num espaço, que leva seu nome, na Biblioteca Pública Menezes Pimentel).
Um homem culto, plenamente integrado à vida sociopolítica e religiosa da sua comunidade: líder católico leigo que, na década de 40, aceitou os desafios de resguardar a fé em Fortaleza, fosse na Presidência da União de Moços Católicos ou do Parido Democrata Cristão, fosse no enfrentamento na defesa da integridade moral e física de D. Antonio de Almeida Lustosa: o então Arcebispo Metropolitano; num tempo em que nossa cidade estava acossada por ideologias anticristãs.
No decurso dos quase 62 anos de vida, Amorim Sobreira foi sobretudo PROFESSOR: mestre de elevado saber, cujo exemplo está presente nos lugares por onde passou - o "Ginásio do Crato", onde se iniciou no magistério; colégios particulares e públicos de Fortaleza, como o "Colégio Estadual Justiniano de Serpa", qual foi diretor e onde implantou novas estruturas pedagógicas, tanto quanto a métodos, como no que concerne ao conteúdo dos programas desenvolvidos; a "Faculdade Católica de Filosofia"(embrião da UECE), nos cursos de Língua e Literatura Latinas; e a "Faculdade de Direito do Ceará", onde bacharelou-se em 1941 e ingressou, em 1951, por concurso memorável, em nível nacional, para reger a cadeira de Direito Romano(a propósito, a pessoa do Professor Amorim na sala de aula, era a presença viva de jurisconsultos como Papiniano, Gaio ou Justiniano). Doutor em Direito. Professor que aplicou seus conhecimentos no melhoramento da sociedade.
Um homem de espírito superior, infenso ao cabotinismo, à mediocridade e à bajulação: gostava do silêncio, do isolamento e da reflexão.
Faleceu em 7 de março de 1974.
Por sua existência exemplar e afinidade com os fenômenos humanos, posso dizer: hoje, 2012, o Professor Amorim "Vivit", isto é, "continua vivendo".
Everardo Sobreira
Advogado, radialista e professor da FEAC ( aposentado ).
Nascido na cidade do Crato, em 14 de maio de 1912, José Amorim Sobreira - "o Professor Amorim" foi antes de tudo um cearense típico: lutador obstinado. Uma espécie de "David caipira" que na capital do seu Estado ousou desafiar a "cultura" do apadrinhamento.
Sob as auras do nome Crato, que é derivado do grego "Kratos", que em português significa força, vigor, o Professor Amorim chega à Fortaleza e, aqui, se distinguiu pela vivacidade da inteligência, pela cultura, pela personalidade e pela fidelidade aos postulados éticos, que sempre preservou com proficiência e simplicidade.
Um cidadão: defensor intransigente da liberdade e da Justiça, como demonstrou com seu ardor cívico nos embates políticos no período da democratização, após a "ditadura Vargas", ou como Advogado militante no foro de Fortaleza, por exemplo.
Um jurista, na verdadeira acepção da palavra: ia da definição do "Jus", passando pelos princíos gerais do Direito, até às técnicas de interpretação da Lei.
Homem de estudo que enriqueceu a cultura cearense: Romanista; verbete do dicionário inglês "WHo is WHo"; fundador do Instituto de Cutura Clássica; sócio do Instituto Histórico do Ceará; membro da "Societé dés Études Lastines"(em Paris); orador; conferencista; escritor.
Um humanista de raras qualidades espirituais. Conhecedor profundo da língua e literatura latinas e da literatura em geral. Dono de uma respeitável biblioteca, com obras raras em grego e em latim(hoje depositadas num espaço, que leva seu nome, na Biblioteca Pública Menezes Pimentel).
Um homem culto, plenamente integrado à vida sociopolítica e religiosa da sua comunidade: líder católico leigo que, na década de 40, aceitou os desafios de resguardar a fé em Fortaleza, fosse na Presidência da União de Moços Católicos ou do Parido Democrata Cristão, fosse no enfrentamento na defesa da integridade moral e física de D. Antonio de Almeida Lustosa: o então Arcebispo Metropolitano; num tempo em que nossa cidade estava acossada por ideologias anticristãs.
No decurso dos quase 62 anos de vida, Amorim Sobreira foi sobretudo PROFESSOR: mestre de elevado saber, cujo exemplo está presente nos lugares por onde passou - o "Ginásio do Crato", onde se iniciou no magistério; colégios particulares e públicos de Fortaleza, como o "Colégio Estadual Justiniano de Serpa", qual foi diretor e onde implantou novas estruturas pedagógicas, tanto quanto a métodos, como no que concerne ao conteúdo dos programas desenvolvidos; a "Faculdade Católica de Filosofia"(embrião da UECE), nos cursos de Língua e Literatura Latinas; e a "Faculdade de Direito do Ceará", onde bacharelou-se em 1941 e ingressou, em 1951, por concurso memorável, em nível nacional, para reger a cadeira de Direito Romano(a propósito, a pessoa do Professor Amorim na sala de aula, era a presença viva de jurisconsultos como Papiniano, Gaio ou Justiniano). Doutor em Direito. Professor que aplicou seus conhecimentos no melhoramento da sociedade.
Um homem de espírito superior, infenso ao cabotinismo, à mediocridade e à bajulação: gostava do silêncio, do isolamento e da reflexão.
Faleceu em 7 de março de 1974.
Por sua existência exemplar e afinidade com os fenômenos humanos, posso dizer: hoje, 2012, o Professor Amorim "Vivit", isto é, "continua vivendo".
2 comentários:
Este texto ,em menos de um mes visto qu foi postado em 20 de maio até o presente momento já teve 37 visualização.Obrigado ao professor e Dr.Everardo Sobreira que escreveu algumas merecidas linhas sobre os 100 anos do seu célebre genitor.,professor Amorim.
Já passamos dos 41 visualização o texto sobre os 100 anos do professor Amorim, visto inclusive nos Estados Unidos.
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